NEGRO CÉU

Data 07/05/2008 21:56:06 | Tópico: Sonetos

Pôr do sol a estampar seu canto,
Como o filho mais velho do Universo!
O homem sombrio que ostenta seu manto,
Num canto sofrido, sem o amor de regresso!

E vive a caminhar pelos distantes,
Olhos, que a fúria lhe batizou!
Com seu corpo quente o desejou
Mais que os sais dos monges delirantes...

E fazer poesia aos quatro elementos:
A água, o fogo, a terra e o ar em movimento
São como os lençóis, que o despem do véu;

E ao penetrar em sua bela amada,
Chora de desejo ao vê-la acanhada,
Como a luz que finda no negro céu!





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