Para o meu poeta

Data 07/05/2008 23:54:55 | Tópico: Poemas

tenho-te na ponta da língua,
quando, à noite, a lembrança
do teu beijo me cala;
um beijo que nunca existiu
mas que é a razão
dos meus sonhos,
a chave de todas as minhas palavras.
sempre que toco meus lábios,
sinto-te eterno;
nas carícias que nunca me fizeste,
perpetuo tuas mãos;
na minha pele, és ainda a febre
que macula-me a sanidade
e ao deitar meu corpo, trêmulo,
no leito frio da insônia,
abraço a desilusão
de ser tua
sem que nunca
me tenhas tocado
e adormeço sussurrando:
beija-me, amado...



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