O som crepitante do Teu Nome.

Data 16/06/2023 13:40:31 | Tópico: Poemas

Quando a face sublime do amor se despe e se olha nas madrugadas, há infinitos alvoreceres por desvendar e pórticos floridos a emoldurar o desabotoar cálido dos sentidos, há vozes silenciosas e um bouquet de felicidade nas Tuas mãos a agasalhar as minhas.

Arrasto a coerência para fora da sombra do jardim e abrem-se portas de ausência para dar lugar aos sentidos despidos de silêncio, liberto as palavras aprisionadas no leito do meu rio e correm velozes como se fossem palavras andantes e sinto-as como quem sente o fluir do amor ganhar vida.

Murcho o desassossego, deixo cair os tropeços, amarroto o passado, coloco a grinalda de sonhos, escrevo uma carta aberta ao pensamento para florescer dento do abraço da primavera à minha alma.

Permaneço nesta imobilidade como se o Veludo intocável dos meus dias me vestisse a face com a exuberância do toque da candura em espontaneidade, como se sentisse os ombros cingidos pelas vestes da paz e erguesse o olhar para buscar na direção o som crepitante do Teu Nome.

Alice Vaz de Barros



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=367785