Tempo solar

Data 25/08/2023 13:10:17 | Tópico: Poemas



Murcham os cravos
frágeis
a celebrarem a ironia do verão.
O jacarandá não floriu
talvez a fome entranhada na extremidade da raiz.

Alongam-se as horas
agudas.
Alimentam a insónia
quando as
sombras se pronunciam mais densas.

Vagueiam pela casa
ardem
e gritam
enquanto recuperam memórias a preto e branco.

Um dia terei encontrado paredes de silêncio
onde a minha voz encostará a febre das palavras
uma árvore de raízes que
não morrem. A minha lucidez
ou o choro do poema.








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