
Visceral
Data 04/07/2023 16:50:05 | Tópico: Poemas
| Poesia aposentada que o silêncio já consumiu Dai-me voz para que essa raiva não me sufoque A inspiração que outrora até em outonos floriu Já não traz a paz para que minhas linhas evoque
O vazio torna a centralizar a temática do poema O verso roto é só um estigma de pueril insensatez Rasga-se o verso e a alma com frieza extrema Como se a autodestruição não fosse prova de estupidez
O poema nasce machucado e quase mata o poeta O choro é lírico, enquanto o caos é emocional Fecham-se os olhos para essa solidão de porta aberta Enquanto traçam-se linhas de um sofrimento estrutural
Cada caneta nasce sabendo o peso de sua tinta Há lacunas na dor, hiperbólicas e eufemistas O nada existe para que a ilusão não seja extinta E a transformação não roube a inocência dos artistas
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