PELES NUAS

Data 08/05/2008 17:16:35 | Tópico: Sonetos

Quando ao corpo um veludo adere,
E suga da pele, a seiva da vida,
Em nua colina desliza e fere,
Com zelo e malícia, nuamente abriga...

O êxtase de ter contactado a derme,
Que viça, como a luz do erudito amor.
Meu corpo nu, teu veludo se atreve,
A matizar carícias em matiz ardor.

Como o escorrer de lâminas puras,
Manha que sussurra, ao ouvido,
Canto de amor, suado alpendre;

Duro gozo, em penumbra ardente,
Pelo jogo de tecelões aflitos,
Coseram meus pêlos em peles nuas!

(Ledalge, Peles Nuas)



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