Queres ser minha cara-metade? Sim…?! Não…?! Quem quereria Ser minha cara-metade! Em minha vida, caras metades fiz E caras metades, eu desfiz Já vi corações partidos, Muitos, eu parti Sem ter tido em conta D’os não poder remendar Com pedaços Do meu coração de ferro, Por isso, nada mais esperava, Senão semear o desespero Nos corações Que me abriam suas portas, Se eram amáveis ou não, Não me importava, Negar-lhes-ia a minha paixão, Se tivesse alguma Em meu coração de pedra, Que só causava o desespero! Pra dar sentido à má vida Que levava, A domadora de paixões Tocou em Minh’alma, Moldou meu coração, Semeou o bem nas cinzas do mal E o amor aflorou em minh’alma, E, escolhi cara-metade Que completa outra metade De mim. A vida é um carnaval, É preciso desacreditar o mal Das profundezas do coração Pra ter autonomia total Nos atributos d’alma.