Templum
Data 05/09/2023 21:25:57 | Tópico: Prosas Poéticas
| . . . De súbito olhei para trás sem receio de mutar para um torrão de sal... Para mim Sodoma e Gomorra, ainda estão lá, iluminadas pelos lampiões das portas de entrada dos cabarés mascarados de botequins quais me atrairam por uma vida toda; quiçá até noutras... Sal; apenas o saborizado com limão Tahiti cristalizando de esmeralda a beirada do copo de tequila barata, duplo, pedido para dois... Nem ao menos no meio dos espasmos etílico, dava para notarem as esparsas lágrimas salobras de quando em quando entremeava o som lamentoso do bandaneón... Afastamento à passos arrastados da boemia... Estava impregnado nas narinas o cheiro mofado dos divãs amantes, misturando-se com a maresia das madrugadas insones... Dos erros tantos lembrados, resgatados às gargalhas, faço romper o silêncio do templo com uma imitação de oração e incenso; ora voos libertos, ora tensos em direção à sóis... Insisto nos erros sem medo, mas, observo que não há mais ligeireza na decolagem, e, as asas ainda são aquelas, antes viris, críveis; mas ainda as mesmas plagiadas do Ícaro.
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