
Onda de calor - (no cerrado)
Data 24/09/2023 21:55:44 | Tópico: Sonetos
| No cerrado, o sol referve, em fulgor ardente As copas dos pequis, na nuance estorricada Tortos galhos nus. E a planície descalvada Escaldado sertão, pela, a sensação da gente
Não há sombra, poeirento chão, céu luzente Desmaiado vento e, o mormaço pela estrada Buritis de braços abertos, geme, dita fadada Súplice quentura, o purgatório sofregamente
E, inflamado, sussurrante, e tão inconstante Ofega, quase sem querer, sem ter vontade Para enfrentar, bravamente, o dia torturante
No prado corre o suor, ressumado, tom maior E nesta verdade um rogo suplicante, piedade! O cerrado, encalorado, arde na onda de calor.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado 24 setembro, 2023, 16’54” – Araguari, MG
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