Os poetas do Luso clareiam tristezas

Data 02/10/2023 03:00:15 | Tópico: Poemas

As Solidões
Têm tantos rostos
Rostos mais velhos...mais novos

Existem as solidões
Sem gente por perto

As solidões rodeadas de gente

As solidões têm tantos rostos
E acho que têm os nossos…

Não deveria acontecer
Quando a vida
Nos oferece a multidão ao redor
Das nossas horas

Acho que faz falta
Partilharmos
Os silêncios mais íntimos
Com alguém que sabe escutar
Com o ouvido na alma
O tom baixinho da fala
Aquela fala
Que ralha
Que salga
Que acolhe a calma
Sem levantar a voz

Alguém que está disposto a partilhar
A falar dos sismos
Das derrocadas
Das lágrimas
Dos olhos quebradiços

Aquelas pessoas que nos lenificam
Quando as imagens
Nos cercam
Nos momentos
Mais frágeis,
E tudo desaba
Num desabafo

Talvez seja de um egoísmo altivo, escrever...das dores invisíveis, quando lá fora existe tanta gente em que a morte alivia a dor e a fome, mas existe um precipício no íntimo a afundar os sentimentos mais nobres.
A nobreza de amar é a claraboia dos nossos sonhos e silenciá-la é escurecer o seu rumo ….

Obrigado aos poetas aqui do Luso, que são claraboias, faróis e estrelas guias, de muitos de nós …

Obrigado











Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=369579