SONETO BÁRBARO

Data 11/05/2008 01:38:37 | Tópico: Sonetos

Oh, deus de magnânima beleza!
Nas barbas-azuis exalas ternura,
Nas mãos voluptuosas, esbanjas rudeza,
No corpo uniforme atiças loucura!...

E vem entre estepes subindo a ladeira,
No alto da sublime, barbacã ilumina,
As vestes vermelhas de sangue morena;
Pele suave à espera da presa!...

Tal barbitúrico,incenso perene e sombrio,
Adormeces a alma da ninfa pequena,
E a leva abatida pra desfalecer no cio!...

E qual um deus das romanas histórias,
Elevas à prece a glória devassa,
Escreves teu nome no perpetuar da raça!...


(Ledalge,2006)



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