
Eco silencioso
Data 11/12/2023 18:22:13 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Em um cantinho escondido da memória, Reside uma saudade que fere, que devora. É um eco silencioso, um lamento, Que dilacera o peito a cada momento.
Nas sombras da noite, ela se manifesta, Como um suspiro que a alma contesta. É uma ausência que corta como navalha, Deixa marcas profundas, como uma batalha.
No jardim das lembranças, flores murchas, Guardam o perfume das horas turvas. A saudade é um fantasma persistente, Que vagueia, implacável, incessante.
Lembranças de um toque, de um olhar, Como se o tempo quisesse congelar. O coração, antes tão pleno de vida, Agora chora uma saudade ferida.
As palavras não traduzem a dor, Que se esconde por trás de cada cor. É um vazio que se instala e persiste, Uma saudade que nunca desiste.
Mas no tormento, há uma beleza oculta, Na saudade que o coração dificulta. Pois, mesmo ferido, ainda pulsa e sente, A dor de uma saudade que é eternamente.
Assim, no palco da existência humana, A saudade dança, uma triste melodia insana. Canta a ausência, mas também a presença, De tudo o que fez em mim grande diferença.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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