Tecnologia
Data 26/12/2023 11:47:23 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Na palma da mão, um pequeno oráculo cintila, O poder da informação, uma lâmina que perfura. Parecem conectados, mas, separados por uma tela fria, Será uma tecnologia necessária, enquanto a alma perdura?
No reino do silício, onde a luz elétrica domina, A humanidade tece sua teia, uma dança sem esperança. Na era da tecnologia, um feitiço encantador, O controle se insinua, como uma sombra que dança. Máquinas pensam, com uma sede insaciável, Mas onde fica a fronteira do perigo? Onde está a liberdade de pensar, de questionar? Será que podemos encontrar um abrigo?
Os algoritmos ditam o que é o saber, Um controle sútil nos faz sentir seguro, E não percebemos os grandes tentáculos Porque caminhamos totalmente no escuro.
No reino da engrenagem, onde o silício murmura, A humanidade dança sob uma luz incerta e sombria. Cada passo, uma linha de código binário, No tecido do destino, pela mão cibernética que guia.
Oh, máquinas que tecem sonhos e desejos, Me diga quem controla o cursor da evolução. Em sua matriz, o futuro se desenha em códigos complexos, E quem guia a nave da humanidade na vastidão da inovação?
Na era da conexão, onde a informação parece fluir livre, As fronteiras do conhecimento se dissolvem. O controle se insinua nas entranhas do algoritmo, Onde a liberdade de pensamento dança e nada resolvem.
Será a tecnologia um mestre sábio ou um tirano disfarçado? Em seu ventre de circuitos, reside o poder de transformar, Mas a quem pertence o leme da revolução, Quando a inteligência artificial dita o novo direcionar?
Na sombra da inteligência artificial, Seremos senhores ou servos da tecnologia? O futuro nos espreita, como um livro aberto, Mas seguramente não sabemos se será de alegria.
Num mundo onde bits e bytes são os novos tijolos e argamassa, Refletimos sobre a sombra da dependência que nos assusta. A autonomia escorrega por entre os dedos humanos, Enquanto abraçamos o progresso, nos perguntamos: quanto custa?
No altar da inovação, sacrificamos a privacidade, Onde cada clique revela nossa identidade como a luz do sol. Mas, ó, humanidade, não deixe que os fios do controle, Te transformem numa marionete, sem alma, sem farol.
A promessa de um amanhã brilhante, entrelaçada com incertezas, Enquanto a inteligência cresce, diante de nós está o desafio. Como um código a decifrar, um enigma que intriga Como equilibrar a evolução, sem nos perder no eterno vazio.
Que o controle não seja um manto pesado, Que a tecnologia seja aliada, não uma incógnita. No futuro incerto, onde a inovação se entrelaça, Que a humanidade encontre sua liberdade insólita.
No éter da virtualidade, uma reflexão emerge, A humanidade, à beira de uma encruzilhada, precisa saber. No coração do algoritmo, encontra-se a escolha, Seremos senhores da máquina ou escravos desse poder?
Que a luz da sabedoria guie nosso caminho, Na encruzilhada do futuro, que façamos a nossa vontade. Que a tecnologia seja nossa aliada, não nossa ameaça, E que a humanidade, em sua jornada, seja a realidade. Em um mundo conectado, busquemos a consciência, Entre bits e bytes, não esqueçamos do coração. O futuro é um poema ainda a ser escrito, Que cada escolha nossa seja uma nova inspiração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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