
Flor (18ª Poesia de um Canalha)
Data 18/07/2024 17:38:52 | Tópico: Poemas
| Um andar bamboleante fazia dela rainha da rua Contracenava ali com olhos atrevidos e piropos Assobios desafinados e alguma indecorosa mão À noite de silhueta só amparava a lua ainda nua E sem preconceitos deitada entre tantos corpos Esculpia-se flor jogada numa marejada sedução
A ignorância trazia-lhe amor em tons de pureza Cegueira a pobres de espírito e ricos com nada Salvação a outros divorciados da vida miserável Imortalidade para degustar teorias de incerteza Da beleza e da tristeza, grito em voz desafinada Que calado, era um poeta de letra insustentável
Afinal no final vamos todos iguais e horizontais Pó ao pó e ao vento que ali passando nos levou E nos fez correr mundo nas asas do imaginário Deu-me a mão e segredou-me palavras a mais Olhando outra vez para mais lado nenhum voou Feliz por nascer silêncio do meu último calvário
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