ANOITECER

Data 19/03/2024 21:00:05 | Tópico: Sonetos

ANOITECER

Surgia a estrela d'alva sobre os cerros…
E a lua, um alfange forjado em prata,
Mais urgia violões em serenata
À noite se achegando dos desterros.

Cá, no peito do poeta, posto a ferros,
Amor logo se agita e se desata:
Irrompe outra cantiga à sua ingrata,
Mas não por seus acertos, sim seus erros!

Também a sapaiada nos baixios,
Em melopeia de coaxos arredios,
Traz mais melancolia àqueles breus.

Restava ao bardo apenas soltar versos,
Que para a amada soam ais dispersos
Ao ver em lua e estrela os olhos seus…

Betim - 15 03 2024



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