Primeira semana de aula o professor de matemática advertiu a turma e mandou recado na plataforma virtual aos pais, sem dúvida o barulho deveria acabar e a turma aprender a se comportar. Percebi que a dificuldade da prova seria proporcional ao burburinho em sala de aula, pois fui sua aluna no passado e certas coisas não mudam, só melhoram. Alertei minha filha para que se preparasse. Creio que ela subestimou a minha história. Será? Sei que tudo parecia caminhar bem até a véspera da prova. Minha filha não conseguiu responder as atividades de revisão e desesperada veio me pedir ajuda. Prontamente lhe respondi:- Meu amor, em matemática sou uma negação. Se fosse mais cedo teria pago uma aula de reforço escolar, mas já é noite. Tarde demais. Na manhã seguinte foi na fé realizar a prova e retornou dizendo que tiraria zero. Pelo visto minha previsão estava correta, pela primeira vez na vida ela tiraria uma nota baixa. Vermelha será? Semanas se passaram , ela iniciou as aulas de reforço de matemática e recebeu a tal avaliação. Pensei que fosse exagero de adolescente dizer que tiraria zero, ainda mais para quem era acostumada a tirar sempre dez e nove na matéria. Eu aguardava um cinco ou até um quatro, mas um e meio me fez dar gargalhada. Não sorri da miséria dela, mas se não fosse trágico seria hilário. Como ela conseguiu chegar tão perto do zero? Aproveitei a passagem da Páscoa e a presenteei com um ovo de chocolate, mimo de consolação. Pedi que a mesma fizesse uma auto avaliação, que deixasse o celular de lado. Nem tudo estava perdido, bastava estudar mais e ter atenção. Adorei a paródia de Rafael Portugal que encontrei no youtube, por isso postei o vídeo.
