
A angústia de Caim
Data 12/04/2024 02:38:30 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Na sombra do crepúsculo, em terras distantes, Caim peregrina, alma em tormento, A angústia dilacera, são cruéis feridas Que oprimem o coração, sem alento. O fardo da inveja, semente do mal, Em seu peito ecoa, cruel e insano, A disputa interna, uma tempestade, Que o arrasta ao abismo, num trágico engano. Entre a luz e a sombra, sua alma debate, O amor fraternal, a dor que dilacera, A raiva voraz, a culpa que o aflige, Em conflito constante, a luta desespera. O olhar para o irmão, adensado em inveja, Semeia a semente do ódio profundo, E o coração, em desespero, se queixa, Ao destino cruel que lhe é imposto neste mundo. Caim, filho de Adão, irmão de Abel, Sente o peso da escolha, o peso do destino, Num embate de paixões, num turbilhão cruel, Entre o amor e o ódio, se perde no desatino. Na solidão da noite, sob as estrelas frias, Caim enfrenta o tormento, a angústia avassaladora, Na alma dilacerada, a batalha é sombria, E o sangue fraternal manchará a história agora. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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