
a lei tensa de cada hora
Data 26/04/2024 18:12:50 | Tópico: Poemas
| ainda respiro e escrevo olho o fluir da minha mão às vezes já não sei se devo ou não devo quando a noite habita em meu coração
inspiração só de quando em quando basta-me o prazer dum verso vou buscando memórias distantes e as estrofes, acariciam-me os dedos por instantes
preencho buracos do meu vazio neste peito estremecido de mulher ouço o canto dos grilos na margem do rio e deixo-me nos rasgos dum outono qualquer
o silêncio é como uma procissão que privilégio olhar a tela do céu cada estrela transcende o pulsar do coração - ali, em qualquer lugar da memória meu terço, e meu véu
os versos que escrevo sustentam-me de felicidade, mesmo nas horas de trevas e de saudade.
natala nuno rosafogo
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