mar, meu mar maior
Data 13/05/2008 12:00:00 | Tópico: Poemas
| atrevo-me na noite grande sem palavras guiam-me as tuas ainda que afastadas, que apenas s’ecoam indefinidas amuralhadas em sal. oiço-te em ondas equidistantes verdes e verves e seivas lácteas, brandas, d’epicentros (com)sentidos. pespontas a raiz do entendimento, num ajour incerto, num ponto aberto… num ponto ca(n)deia de lume e luz.
reconheço-te cada andamento, cada vestígio, cada rumor, cada lamento d’onda a agigantar-se em espuma, cada vez mais densa cada vez mais próxima flor premente de ser e sendo haste de carne e sangue por sobre a areia: um padrão, uma bandeira…
meu mar, meu mar maior, onde m’acolho das tempestades, urdida: as tuas mãos de vagas são, de meu corpo, tão só coerente e natural prolongamento - razão de estar ‘inda nesta vida.
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