3ª Poesia de um Canalha

Data 11/05/2024 09:18:45 | Tópico: Poemas

Sou a sinopse da perfeição, mão cheia de tudo
A cor que se esbate na paisagem única, beleza
Vil dúvida dos olhos de alguém que me imagina
Estigma que assina e esquece o meu ser mudo
Luzente estrela descrente que se faz incerteza
Vulcão a expelir a lava deste grito em surdina

Crença, arauto de um salto impossível alcançado
Que te aponta o dedo por culpa indecente, medo
Que se esvai pelo corpo ensanguentado, perdido
No infinito sem horizonte onde foste desgraçado
O morto colado ao gume da espada em degredo
Atrás destas grades, preso num olhar escondido

Dizes que sou incapaz de ser tão capaz como tu
Inglório soldado desta batalha que destrói o ser
Cor sem nexo em que me acusas de ignorância
Maquiavel pútrido que conspurcas este sonho nu
Como veio ao mundo sem a maldade lhe morrer
O poema incógnito que te escrevo por elegância




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=372506