 
  
    	A Mordida Na Maçã 
    	Data 16/05/2024 19:38:02 | Tópico: Poemas
 
  |  Preso estou dentro de mim Punho atado em terra chã  Sem sudário de Turim Shiva sem seu Deus Tupã.
  Vivo estou recluso sim. Não suporto mais um grito. Outro sou. Não me conheço Opa lá! Quem lá vem vindo?
  Quem que queda das alturas? Não distingo a silhueta  Que mistura na penumbra  Parece uma pomba preta,
  Mas com rabo de cometa. Raia em dia radiante. Está perto ou equidistante? Quem que para a ampulheta.
  Velozmente vem sem voz. Vai mudado a atmosfera  Tudo imóvel vendo a queda De um herói ou de um algoz.
  Raia a aurora matutina  Glória, glória ao Deus pagão  Salve a ave, a mãe divina  Que é pai, também irmão.
  Sendo a fera vera e culta Phosphoros prima em teu nome. Mata a lenda, morre o Homem Quando em ti coloca a culpa.
  Liberdade vem tardia. As virtudes são crianças. Sendo portador do dia  Ponho em ti as esperanças.
  Quando erguer, Anjo Caído, Livre a Terra destes homens Que faz guerra e leva a fome Que  me afasta o Paraíso.
  Vou perdendo os grilhões  Que me prendem em terra chã  Sou mais um entre milhões. Morro, mas mordo a... Maçã!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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