Para não sujar o silêncio das margaridas

Data 01/06/2024 23:25:02 | Tópico: Poemas

és quase uma prece fora do terço. da novidade da estranheza. de uma desenvoltura recém-nascida em busca de contrastes cria o silêncio de tudo sem macular a palavra. suas linhas de riso são fogões a céu aberto. na mesma tonalidade dos cabelos de vento. torna o ar imóvel. irresoluto. como uma carta que se abre. nua de vírgulas. mastigas o azul com gelo fazendo o céu cair em asas. inventou sobrenome de cada cor. inventou porque quis. nunca questionou a mão que voa por dentro como uma faca quente na manteiga. mata a fome de Deus a um poema de distância.

para uma flor, Horroris Causa


Vania Lopez



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