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 Dez pragas terríveisData 13/06/2024 21:39:47 | Tópico: Poemas -> Reflexão
 
 |  | Das terras de areia, o Egito a reinar, Levantou-se um clamor, um grito a ecoar.
 O faraó em seu trono, coração endurecido,
 Ignorava o pedido de um povo oprimido.
 
 Moisés, o profeta, em voz alta clamou:
 "Deixe meu povo ir", mas o rei recusou.
 Então o céu se abriu, a justiça a descer,
 Dez pragas terríveis, um povo a sofrer.
 
 Primeira praga: águas tingidas de sangue,
 Os rios corrompidos, o desespero no mangue.
 Peixes mortos flutuam, sede é o que há,
 Um aviso divino, mas o faraó não ouvirá.
 
 Segunda praga: rãs em grande profusão,
 Inundam palácios, não há salvação.
 Das camas aos pratos, uma visão atroz,
 Mas o coração do faraó segue feroz.
 
 Terceira praga: piolhos aos montes,
 Das cabeças ao chão, cobrem horizontes.
 Sacerdotes impotentes, sem magia ou poder,
 O orgulho do faraó ainda não quer ceder.
 
 Quarta praga: moscas em enxame,
 Zumbem nos ares, um tormento infame.
 A terra infesta-se de insetos fugazes,
 Mas o faraó ignora os clamores vorazes.
 
 Quinta praga: peste no gado,
 O rebanho adoece, um lamento calado.
 Cavalos e bois caem pelo chão,
 Mas no coração do faraó, nenhuma comoção.
 
 Sexta praga: chagas doloridas,
 Nos corpos surgem feridas incontidas.
 Homens e animais, em agonia e dor,
 Mas o faraó endurece, ignora o clamor.
 
 Sétima praga: fogo e granizo,
 Do céu descem pedras, num estrondo preciso.
 Destruição nos campos, colheitas arrasadas,
 Mas o faraó mantém suas palavras cerradas.
 
 Oitava praga: gafanhotos em nuvem,
 Devastam o verde, a fome retumba.
 Nada sobra nas lavouras, a terra esgotada,
 Mas o faraó, obstinado, não cede nada.
 
 Nona praga: trevas densas,
 Três dias de escuridão, noites intensas.
 O sol desaparece, um pavor sem fim,
 Mas o faraó persiste, no erro enfim.
 
 Décima praga: morte dos primogênitos,
 O grito é geral, de todos os lares aflitos.
 Um lamento profundo, por toda a nação,
 Finalmente, o faraó solta a mão.
 
 O povo de Israel, enfim liberto,
 Parte do Egito, deserto aberto.
 Dez pragas ficaram, lições no passado,
 Um caminho traçado, um destino marcado.
 
 Mas a história ressoa, além do que é visto,
 Sobre orgulho e poder, um testemunho escrito.
 Que a justiça divina, cedo ou tarde, virá,
 E um coração endurecido, ela quebrará.
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense
 www.odairpoetacacerense.blogspot.com
 
 
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