
Fragância (14ª Poesia de um Canalha)
Data 27/06/2024 17:53:31 | Tópico: Poemas
| Eu, poema, me confesso ignorante perante vós Mera forma de estar na vida, ser mais um igual E pedra deste caminho que vos trago traiçoeiro Uma metáfora apenas que se diluía nua na voz Que de mão em mão foi um dia pecado original E preconceito posto à margem pelo povo rafeiro
Sou cravo da tua liberdade, escravo da saudade Algemado à vergasta destas tuas letras sinistras Que se marcam no pensamento e calam o vento Um andar que se exagerava por não ser vontade Soletrava as ideias numa harmonia de orquestra E, silente, chorava-te por aí qualquer sentimento
Nasci de outro amor que assim morreu de mim Fui flor e rio que me correu sossegado no olhar Que te espalhava sorrisos inquietos nesse peito Adormecido em aventuras impensáveis sem fim Lá no fundo já não restava nada depois do mar Nada menos que um outro pôr do sol imperfeito
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