
Entre Parêntesis (15ª Poesia de um Canalha)
Data 30/06/2024 08:23:24 | Tópico: Poemas
| A lâmina aguçada do silêncio iguala a tua língua Venenosa que me trata mal o ego solto por aqui Num canto escondido na ignomínia do tempo só Serpenteio entre os teus corpos a minha míngua Que se devora lentamente no sonho que ali vivi Dobrava os joelhos de tão submissa que dava dó
O pulha contorcia e apertava a carne ainda crua O biltre rasgava as palavras por meio ao sentido O calhorda chorava e ria em infâmia costumeira O infame via-se herege aos olhos da turba nua O patife furtava esquivo emoção ao ser perdido O velhaco vendia o que escrevia por brincadeira
Poucos momentos restam a esta vida de canalha O homem que esqueceu do tempo na ampulheta Sem mais tempo, sem mar e alma, sem deserto Que se estende em mãos pelo fio frio da navalha Clemente que mente e sente a sua vida obsoleta Por outro fim ali e assim cada vez mais desperto
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