Medo (23ª Poesia de um Canalha)

Data 07/08/2024 17:33:24 | Tópico: Poemas

Sou arte feita de arte desenhada que se escreve
Entre as aspas da vida que alargam dia após dia
Entre curvas e recurvas do pincel vilão do artista
Caminho velho e empoeirado com história breve
Despido de preconceitos que de nua alma vestia
Despido de tempo sem tempo com terra à vista

Sou de cá e de lá sem ser de novo destino certo
Por onde vou sem saber que pedras hei-de pisar
Por onde voo sem asas que voem bem mais alto
Purgatório da vida que ali vive no peito tão perto
De olhar carregado de tanto que despejo no mar
De olhar trocado com ninguém num sobressalto


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