
O homem de barro
Data 24/08/2024 12:11:41 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Quando se perde uma coisa importante A voz da perda paira nos ares do esquecimento Nuvens silenciosas voam lentamente na memória E trovões ecoam nos corações humanos Revelam sempre a angústia do que não conseguimos manter Porque os mortais sempre insistem nos erros Sem perceberem que se arrependerão.
É terrível quando não se sabe exatamente Até onde vai o limite da imaginação E permitem que os pensamentos voem sem destino Que percorram caminhos nunca imaginados Sem saberem que talvez nunca voltem de lá E que a criação pode ser apenas uma paranoia Um mundo selvagem e cheio de incógnitas.
Apenas um minuto é suficiente para mudar tudo Um segundo para se moldar o infinito E não conhecemos a reação de ninguém Não sabemos os significados dos símbolos Nem entendemos suficientemente os seus parágrafos E tudo isso continua sendo muito confuso Paradigmas em um mundo caótico e em ebulição.
Eu falo de um grande inconformismo Que percorre os corredores secretos de corporações Lugares rotos cheio de ratos violentos Testemunhando a natureza humana e seus vícios Tendo a imagem embaçada do que podemos fazer Enquanto ficam entocados em sua fúnebre oca O mundo é destruído pela ganância de ambiciosos.
Pergunta-se se o homem de barro é eterno E as respostas são mais confusas do que imaginamos As ruínas da Grécia Antiga são provas vivas De que o tempo é capaz de mudar as coisas E não se encontra muita coisa dentro dos jazigos Nem mesmo as vagas lembranças de dias ruins É capaz de responder as perguntas escondidas no tempo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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