
Olho-te
Data 04/09/2024 18:11:14 | Tópico: Poemas
| Olho-te e vejo uma ilha cercada de um mar agitado Tua pele, qual a branca espuma, se estende ao céu Onde meus pássaros livres podem fazer seu bailado E num mergulho inigual te contar de tudo que já vi
Olho-te e vejo em transe minha primeira comunhão Sinto a culpa de me fixar nas auréolas de teus seios Que se me insinuam sob o vestido de renda e cetim Fazem-me sonhar habitar teu fogo de lírios rosados
Olho-te e mesmo na distância te vejo no horizonte E navego ao teu porto onde o sol brilha todos dias Lá deitar-me qual se fosse a grama serena da praça Sob olhos de tal azul, que céu algum pode igualar
Olho-te e não imagino porque existem linhas retas Se o contorno de teus lábios é tudo que vale olhar De um vermelho que me impede de falar, senão sim Tanto quanto ouvi-los, quero calá-los com os meus
Olho-te e sonho que pudesse ser o ar que inspiras Ser a brisa perfumada das tardes vívidas do verão Sentir o tremor de quando te toca a minha paixão E dentro de teu coração sonhar que bate por mim
Olho-te, só vejo a perfeição no dia de tua criação És poema de filigrana invisível em cor e inocência Em desejo e luxúria, em beleza e saber. És única Nascida de um sonho, vives eternamente em mim
Olho-te e vejo em tuas curvas perigo de me perder Porque não há caminho melhor que teus quadris Para fazer-me esquecer todos caminhos de volta Na noite alta quando descobri que em ti sou feliz
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