
Os Navios Abstratos
Data 01/11/2024 20:24:57 | Tópico: Poemas
| “O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos” – Fernando Pessoa
Anda equidistante meu pensamento D’álgum lugar, longe das coisas, no último silêncio De alguém que não sei onde está Que nem me lembro
E a hora surda e opaca pousa em mim duma vez Mas estou longe daqui e semi-morto Vejo navios abstratos Pontos indefesos no porto E a hora surda e opaca pousa em mim outra vez
Ondula n’alma uma saudade absurda E aqui distante relembro só e absorto Vejo navios abstratos Monumentos inacabados no porto.
Poema escrito em 1987 foi agraciado no ano de 2015 como Primeiro Colocado no XIII Concurso "Fritz Teixeira de Salles" de Poesia, da Fundação Cultural “Pascoal Andreta”, na cidade de Monte Sião - MG
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