
Simplesmente Canalha (38ª Poesia de um Canalha)
Data 02/11/2024 22:21:43 | Tópico: Poemas
| Se não for pela cor negra dos olhos meus E deste manto que me veste de corpo nu E de tal sorriso atrevido ou envergonhado Que seja por duas lágrimas de olhos teus Jogadas ao mar que teu vento navega cru Num abraço que o tempo te deu apertado
Não é ainda pelas nuvens negras nos céus Que nesses teus brilhantes loucas choram E que nas mãos abertas despidas de tudo Ali se iam simplesmente canalhas os réus A mirar os ponteiros mortos qu'ali moram E cegam o pedaço de mundo surdo-mudo
É apenas e tão só por esse resto de mim Escrito nos alvos muros do velho casario Em pedras caídas deste castelo de cartas Que se esquece entre as ondas sem fim Que vão, que voltam, e este olhar vazio A pedir que só nunca mais de lá partas
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