
Solidão em dias comuns
Data 09/11/2024 02:45:19 | Tópico: Poemas -> Solidão
| Há um silêncio que pesa no ar, Um vazio que ecoa na sala vazia. O relógio, com seu tique-taque a lembrar, Parece zombar dessa longa monotonia. A janela emoldura o mesmo cenário, O céu cinzento, a rua deserta. O tempo se arrasta, num tom ordinário, E o dia se desfaz, como poeira incerta. Os móveis guardam memórias antigas, Vozes perdidas em outra estação. Mas hoje, tudo é sombra e fadiga, Uma dança lenta nessa triste solidão. Tento buscar em livros, em canções, Algo que afaste esse peso no peito, Mas o vazio, em suas proporções, Preenche o espaço e tudo é desfeito. Dias comuns são sempre assim, Uma angústia que permeia o coração. Como se tudo não mostrasse o fim, Do amor que estava naquela canção. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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