O PRATO DO FIM

Data 17/11/2024 23:28:01 | Tópico: Poemas



há uma espera destrutiva
em cada fuso sem hora marcada
e nem o licor de duas faces
na diluição de restos
tem álcool bastante
que cubra o prejuízo das palpitações
acelera-se o núcleo até ao escape dos corvos
e entram inequívocos os abutres
delicados devoradores de asas
se sobrassem só os ossos
seria apaziguador
mas queda-se sempre o agudo

melhor seria o fogo
grave e arde

do que
grave-y-ard


12-11-2024




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