Lisboa a salto

Data 14/12/2024 14:25:59 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Rua do ouro,
Setenta e dois,

Junto à árvore morta,

À entrada do talho,

Um livro perdido aberto na página rasgada,

Com um homem desorientado a fixar as letras,

Está muito vento,

Ninguém se apercebe do tempo envolvido em jornais,

Rebolando pelas ruas como um cavalo sem freio,

E sem dono,...



A possibilidade de redenção é um cenário aparente,

Mas perde força,...



Rua do ouro,

Cem,

Morreu uma mulher sozinha,

Chorou em seco anos a fio,

Até o ar se esvaziar,

Como um balão que perde o contorno,

E desmaia gradualmente


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