Para Rogério Beça (55ª Poesia de um Canalha)

Data 22/12/2024 11:37:01 | Tópico: Poemas

Não sei de que cor se pinta a guerra
Seja Crimeia ou uma a correr a veia
Não sei que dor te darei de presente
Se de mãe ou pai, depende da terra
Não sei sair desta triste política teia
Que me rouba do chão boa semente

Os teus poemas soldados gritam-se
Feridos de pecados e assim morrem
Putos os homens na força do inferno
Tu e um verbo assassinado olham-se
Limpam-se das lágrimas que correm
Tanto frio traz o medo neste inverno

Aquele vento ainda te sopra baixinho
Adormece na rua mais outro menino
Embrulhado na indiferença de tantos
Não ouço mais gente neste caminho
Nem a ti poeta de verso sem destino
Te ouço cantar à morte teus prantos


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