
Para Valdevinoxis (66ª Poesia de um Canalha)
Data 07/01/2025 20:32:24 | Tópico: Poemas
| No chão escorria o código genético de um poeta Com letras agasalhadas em curtos decassílabos O corpo já frio jazia ali incapaz de me identificar Com o olhar lacrimejante e silencioso de profeta Ainda por recitar alguns insensíveis acrossílabos D'uma página virgem que por ali se deixara cair
A arma do crime foi uma pena vintage alva pura Com extenso cadastro ganho entre várias mãos Um pouco de arte académica com pergaminhos De muita tinta iria falar muito tão crítica tortura Sempre no desejo visceral de vergar sins e nãos Ou de pontuar a vida com prazeres mesquinhos
Diziam as más-línguas, que curto poema, Haikai Um japonês de Tóquio, morrera após três versos Outros, afoitos, diriam que era longo tal epopeia Homérica experiente e mafiosa tal qual o seu pai Escritor erudito e premiado por homens diversos E que definhara até se esvair em letras, europeia
Um mistério digno de Agatha ou Sherlock, louco E elementar, meus caros, elementar qual poesia Aquela tal forma de se ser que mata se sede der Um pequeno curto longo verso que sabe a pouco Que parece inspirar as manhãs e delas a maresia O fogo que arde sem se ver e ficou por escrever
|
|