
Sem simetria, sem lácto nenhum a poesia descompensada se faz...
Data 07/01/2025 19:05:06 | Tópico: Poemas
| Na beira do abismo se arrastam 200mil letras em lençóis de dormir um soninho debruçado na janela lusa transparecendo amizade sem fim, conjugando versos e buscando inspiração deixados na cova entre sangue, suor e saliva rastejantes são os fios dourados da felicidade vivificada a meio a dietas magras, do filamento de sol deixando a docilidade na veia levar até a ti (a)poemados sentimentos deveras bom.
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A poesia sobrevive escrevendo em linhas tortas transbordando o verbo que nos conjuga bem "nos desenha, nos aperta," nos transborda n'um abraço regado a saudades orvalhadas do monte verde ao luso-mar que nos faz abis-mar Bom ver que estais aqui, que apareces sem avisar trazendo na bagagem alegria dos momentos off-line "não me entenda mal", mas a felicidade em ter-te e em ler-te é tão grande que a poesia se veste de saudades mescladas de bem-querer, atravessando o deserto sem ti, hoje contigo com as migalhas que caem da mesa farta, mesmo sabendo que as migalhas são salva-vidas para quem nada tem "de comer".
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Na simetria. muitas vezes sem, sem lacto nenhum, a poesia descompensada se faz reza amo o teu escrever que encanta e fascina o negro do olhar, vem a inspiração de onde nem sei... e faz dedilhar nas digitais da negritude dos olhos começa a se envolver no vicio da leitura fazendo um emaranhado na mente despovoando a cidade de papel como se não tivesse um lugar qualquer para os olhos se debulhar transbordando a paixão pela poesia n'um misto de ânsia e agonia de sensações vestidas de sonhos ...que bom que estais aqui, de volta.
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Na saudade que muito me tirou para dançar há nesgas do tempo que cortam os galhos da árvore e desfolham na peneira que tapa o sol visitando em conta gotas, o caule e seiva molhando do rosto até o pé pois nas lacunas cravadas das legendas estais e sempre estarás inscrito e escrito no coração do poema.
Ray Nascimento
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