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Data 12/02/2025 14:28:20 | Tópico: Poemas
| Não creio que regresse Foi tudo muito precoce E demasiado tempo
Numa caixa para dois Só um podia respirar Pelas frinchas da caixa usada e velha
Foram imensos os avisos Inúmeros os alertas Mas a caixa, a nossa paixão
Muletas com que andamos pela vida
Até precisarmos de balas de oxigénio Até as frinchas serem buracos Até os buracos serem caixa
E vimo-nos nus, despidos, desprotegidos Assustados com a libertação Que aprisiona os livres
Não creio que regresse Tiraste-me o escuro de que precisei
Fiquei só, espaço livre sem freios À solta no mato civilizado sem indício do selvagem Onde a coragem falta E a morte alivia Os agonistas da terra
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