Em mil novecentos e setenta e dois

Data 02/03/2025 09:47:20 | Tópico: Poemas -> Amor

Em mil novecentos e setenta e dois,
Às seis da tarde de um dia de Verão,
Enevoado e afogueante,
O amor deslizou pela encosta de um monte tosco,
A que chamavam a marreca de um velho leproso,...

Desceu timidamente os declives naturais,
E chegou a uma cidade esvaziada,
Sem gente,
De livros semi abertos na única biblioteca que sempre houve,....

Sendo o amor um conceito,
Não viu pessoas nem sombras de pessoas,
Não ouviu risos,...

Não sorveu desejo como normalmente sente necessidade de fazer,
E dissipou a vontade de permanecer onde as raízes não são possíveis,....

Desenrolou um caminho alternativo,
E saiu ainda antes da noite chegar


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