Pére Lachaise

Data 15/03/2025 13:12:28 | Tópico: Poemas -> Dedicatória

Tanto arde o seu peito,
como o seu mar,
não se chama verdade,
nem opta pela mentira como
companheiro de amor,…

é só uma sombra do que já foi,
aprova,
desagrada,
afasta quem gosta,
aproxima pelo desdém,…

é vítima dos próprios passos,
calcados com força na
areia molhada de um sítio de dilúvio,…

e para ele,
vociferar é o mesmo que ler,
ajudem-no a gritar é o que pede,
e comerá poesia,
como quem sorve
um resto de arroz bolorento,…

porque sim,
termino-o em chamas,
nesta criação sem porção
anónima,
do que seja


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