A Outra Margem

Data 16/03/2025 05:40:08 | Tópico: Poemas

Na desordem que me personaliza e no devaneio que me veste,
há a pulsão da entrega e uma anarquia sem lógica
de um universo de sentimentos insensatos, indomáveis e incandescentes.
Um estado de risco permanente e, com a irrealidade,
o mais desmedido e impossível flerte.
Talvez o amor seja subversão e travessia,
um ato de ousadia, de fé e de coragem,
desafiar a própria tirania, se reconhecer na outra margem,
cruzar a linha, partilhar a alma e, enfim, beber da sede.
Extrair sentido dos desejos e deslizes,
com o espírito livre e aberto aos ventos
que encontram passagem nas pedras e sopram no silêncio da costa,
o cântico antigo dos teus dizeres.
Rebeldia de ser aceito, que não se explica, mas se sente. E fica.


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