Entre a vulnerabilidade e a onipotência o ego dos poetas

Data 17/05/2008 14:35:44 | Tópico: Textos

Para subentender o outro não é preciso dar-lhe ouvidos, nós nos demonstramos em demasia. Vivemos num incessante provisório como se a cada sol ganhássemos características. Que trânsito!
Sabemos nos negar com indiscutível presteza e reclamamos monumentos, bustos concretos que retratem o que não somos, esquecendo que cada estátua tem o pombo que merece.
Nossa fórmula para a elaboração do valor reside não numa postura contida, intransitória, mas num engodo vermelho que treme à menor adrenalina.
Ora, deixemos o coração para o amor real e obstinado! E tranquemos o ego infame num inacessível quartinho de fundos munido de meia-água, meia-comida ( tem tanta inventividade que, estejamos descansados, não morre assim sem cerimonial entre a vulnerabilidade e a onipotência )
Que trânsito!






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