O CORCEL NEGRO

Data 18/05/2008 00:33:04 | Tópico: Sonetos



Vejo-te corcel na esquina de minha casa,
Negras madeixas de pura sensual posição!
Qual um deus grego exalas cheiros de ilusão,
E eu a fitar teus olhos negros e vibrantes!...

Tenho sede da fonte das colinas onde sobes valente...
Corre em disparada sorte por entre vales desconhecidos,
Na face apenas sorriso, na crina verdadeira solidão,
Até quando, corcel, ficarás assim?

Será que meus ventos te seguirão ao infinito?
Tua sina será me esperar, enfim?
Que os deuses te protejam até esse destino feliz!...

Venha tempo e me carrega pr'aí, e me lava...
Alma cavalgando liberta das cadeias da vida,
Meu corcel negro há de libertar-se daquela esquina!

(Ledalge,2006)



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=37797