Batente de porta

Data 13/05/2025 19:44:16 | Tópico: Poemas



A solidão que repousa nos olhos

este vazio tão antigo

tão magro

uma linha de água a arrastar-se no tempo.




O tempo

impassível

a moldar o silêncio.

Rotas de dor e de coragem

latentes.




E o passado a sussurrar

vozes persistentes.




Fui sonho

e batente de porta




às vezes punho cerrado

às vezes coração disfarçado.




Avisos amarelos de disrupção da alma

este oceano inquieto

ondas que afagam e ferem

esta dança lenta entre sombras e luzes

a dissolver-se

sem nunca partir.






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