Lânguido no meu mundo sem espaço,

Data 16/05/2025 17:18:24 | Tópico: Poemas

Lânguido no meu mundo sem espaço,
Mortiço em meu jazigo, a quem confesso,
Um querer mais do que a vida que peço,
Ao lado dum tempo que não abraço.

Correm em mim pensares sem cansaço,
Desejos e loucuras que não meço,
Vivos defuntos de quem me despeço,
Reencontrados na berma do meu traço.

Ah! Como será a vossa vida? Bela?!
Perco-me tentando ser um de vós,
E evado-me em sonho da minha cela…

Sou, então, ave errante, mas veloz,
Pródiga, recolhe ao ninho da tela,
Quando do céu viu desse mundo a foz.

08 de Junho de 1995



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