Ausência

Data 17/05/2025 00:30:03 | Tópico: Poemas

Quando a dor apertou no peito,
Procurei tua mão — e nada.
O mundo caía em desfeito,
E tua voz? Silenciada.

Nos dias cinzas, te chamei,
Com o coração em pedaços.
Nos ventos frios, gritei,
Mas só abracei o espaço.

Estavas lá, tão perto em corpo,
Mas tão distante em alma e gesto.
Teu silêncio, meu desconforto,
Teu desdém, o fim do resto.

Eu só pedia um pouco de amparo,
Um olhar firme, uma direção.
Mas tu foste muro tão raro,
Erguido em meio à solidão.

E agora, já não te imploro.
Que fique a tua indiferença.
Porque de quem me nega o colo,
Já não aceito nem presença.



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