Para as minhas amantes (112ª Poesia de um Canalha)

Data 18/05/2025 16:38:01 | Tópico: Poemas

Amo-as loucamente e sem quaisquer reticências
Dessas qu'os mais parolos deixam por preencher
Espaços em branco de passos dados e malgastos
São as merdas que não se estudam nas ciências
Humanas e virtuais do sexo sem o amor lá viver
Entre quatro mãos atadas ou dois peitos faustos

Amante por querer ser página de mais metades
Minhas ou de outros sem partilhas ou cedências
Deste caminho sinuoso com altos e mais baixos
Amante para sentir o sabor a beijo de saudades
Que partem e voltam perante iguais demências
E pesarosos pensamentos d'órgãos cabisbaixos

Amo-as indesejadamente porqu'o desejo mente
Se saboreia seus lábios e tanta pele doce e nua
Que se veste e despe consoante as ocorrências
De pernas entrelaçadas por uma fome fervente
E os olhos cruzados d'outra verdade nua e crua
Em cada epitáfio duas lágrimas de condolências


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