
O céu é verde
Data 20/05/2025 06:46:41 | Tópico: Poemas
| Naquele dia não devia
Ao invés beijei-te e aceitei o acaso com garbo
Marcaste-me escrava tomaste tudo o que não tinha e deste-me a angústia para a chorar
Tomei-a no colo alimentei-a e cresceu como as plantas
Meu corpo nu, um fauno
Toldada pela ânsia da partilha rapidamente me consumi e droguei-me até à inconsciência à anafilaxia ao âmago em ti
Em ti em coma por tua existência por tua presença em mim a forçar respiração alternada
Longe de imaginar um sono agitado contigo ao lado olhando
Meu amo, meu ser minha dor, meu parecer onde foste buscar-me
Leva-me de volta desprende as amarras porque não somos já ímpar nem eremitas na nossa modorra
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