
Tão profundo como os mistérios do mar
Data 26/05/2025 23:16:30 | Tópico: Poemas -> Amor
| Há um nome que não ouso dizer, Um fogo que arde sob o silêncio, Como brasas ocultas sob as ondas De um mar que nunca dorme. É amor — mas não desses que se contam. É amor do tipo que se esconde Nas cavernas salgadas do peito, Onde a luz não toca, Mas tudo pulsa. Carrego-o como um náufrago Abraça a última madeira: Não por esperança, Mas por instinto. Ele é profundo. Mais profundo que os olhos podem ver, Mais denso que as correntes que arrastam navios E segredos. Não posso revelá-lo. Não por covardia, Mas porque as palavras seriam rasas demais Para um sentimento que tem o peso do oceano. E ainda assim, ele me habita, Como o sal habita o mar, Silencioso, necessário, Irremediável. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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