CASTELHANÍSSIMO

Data 28/05/2025 22:11:27 | Tópico: Sonetos

CASTELHANÍSSIMO

Decerto, há quem confie demasiado
E normalize estranhas actitudes.
Não vês, meu caro amigo, que te iludes?
Ou aceitaste ser tudo obra do Fado?...

Teu presente repete meu passado
– Da irreciprocidade às inquietudes!
Convém que à fantasia ora desnudes
Sob pena de avançares enganado.

O que senão a angústia te motiva
Ao contínuo engendrar de descaminhos?
Amor… Eis-te pelo abismo dos sozinhos!

Ao igual que eu, trazes tu a alma captiva.
Não vês, meu caro amigo? É inevitável
Perder-se entre o impossível e o improvável.

Betim - 15 05 2025



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