Natureza, a vida que morre

Data 03/06/2025 23:43:58 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Clamam minhas lágrimas ocultas
Pela simplicidade da ignorância
Pois a verdade liberta
Mas traz o peso da responsabilidade

Queria que o vento carregasse
Minha revolta e fúria
E as levasse, como folhas secas
A terras profundas

Quem não vê, preso está na escuridão
E quem vê, preso está na falta de poder
Mudar o mundo, o injusto, o imundo
Nada podeis fazer sem violência,
Mas a violência não resolve problemas
Só os alimenta, até que a morte devore o tudo

O gosto do suor de um soldado é seu sangue
E suas mãos, cheias de pecado estão
Lutar numa guerra esperando gratidão
E receber duas medalhas no caixão
Não vale a pena morrer, perder um irmão
No xadrez de um sistema turrão

Quero sentir o sol,
Envelhecer com o suor de minhas mãos
E poder confiar que vou ter o pão
Se eu pagar o preço com honestidade, esforço e dedicação

Mas dia a dia, roubada é uma porção
Leis da natureza que entram em ação
Onde o forte subjulga o fraco
Tornando-o refém de sua própria falta de força
Um mundo forjado em guerras não é justo
Um lugar onde os mortos viram adubo



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